Um homem de 42 anos foi preso nesta segunda-feira (17) por importunação sexual após ser flagrado colocando sêmen no sorvete de uma colega de trabalho em Araucária (Região Metropolitana de Curitiba). De acordo com a PCPR (Polícia Civil do Paraná), o suspeito é reincidente e já havia sido preso preventivamente, mas foi solto depois de ter feito um acordo com o Ministério Público do Paraná. O fato ocorreu em 12 de novembro, dentro da empresa na qual ambos trabalham, no bairro Estação. As imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito colocou o material biológico no sorvete consumido pela vítima durante o expediente.
De acordo com o delegado Eduardo Kruger, da Delegacia de Defesa da Mulher de Araucária, o homem teria ido até o banheiro com um copinho de café e coletado o sêmen. As imagens das câmeras de monitoramento mostram o momento em que o suspeito vai até o local de trabalho da colega, que está vazio, pega a colher do sorvete que estava na mesa dela, dirige-se até um armário e escondido, aparentemente pega o material com a colher, que, em seguida, é devolvido ao copo da sobremesa.
“Por sorte, a funcionária notou alguma coisa estranha e não ingeriu esse sorvete. Mas, ela relatou que, em outras oportunidades, já desconfiava de que esse indivíduo praticava condutas semelhantes”, afirma o delegado. Com base nos elementos investigados, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva, que foi deferida pelo Judiciário. Após o cumprimento da ordem judicial, o homem foi encaminhado ao sistema penitenciário.
Reincidente
Esta não é a primeira vez que o suspeito é detido por Kruger por conduta semelhante. O delegado conta que, em 2023, prendeu o mesmo homem após ele arremessar o semen em um adolescente de 14 anos em um supermercado em Curitiba. Na ocasião, o homem ficou cerca de quatro meses preso. “Depois, fez um acordo de não persecução penal, pagou um valor de multa, cumpriu algumas horas de prestação de serviço comunitário e tinha se livrado da acusação anterior”, explica o delegado. O ACPP (Acordo de Não Persecução Penal) é um mecanismo jurídico em que um investigado negocia a não abertura de processo criminal em troca do cumprimento de algumas obrigações.
Denúncias
A PCPR reforça o compromisso com a proteção de crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência. Denúncias podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.
(Foto Ascom PC-PR)
Fonte: AN Notícias com Bonde