O DNA ofensivo tão prometido por Pedro Caixinha no Santos não se repetiu diante da Ponte Preta neste domingo (19) à noite, em Campinas. Com carência na armação e pouca qualidade para atacar sem o preservado venezuelano Soteldo, o time saiu em desvantagem, conseguiu buscar o 1 a 1 no Moisés Lucarelli e, depois do terceiro gol de Guilherme no Campeonato Paulista, apenas fez o tempo passar para segurar a igualdade.
Depois de largar com vitória sobre o Mirassol, o Santos mantém a invencibilidade em jogo no qual pouco fez o goleiro Digo Silva trabalhar. Em contrapartida, passou alguns sustos e jamais produziu para buscar a liderança do Grupo B, no qual tem os mesmos quatro pontos do Guarani, mas perde a ponta no saldo de gols.
Os toques laterais do time nos minutos finais levaram Pedro Caixinha à loucura. Ele queria seus jogadores com “fome de vitória” e tentando o triunfo até o fim. Mas a cadência nos passes era irritante. O não fosse o goleiro Gabriel Brazão, com defesa gigante no último minuto, o resultado seria de derrota.
Após o apito final, os treinadores se estranharam na beira do campo e Caixinha não aceitou o cumprimento de Alberto Valentin após ser cobrado pelo rival ao longo do jogo. O português precisou ser segurado. Ainda conhecendo suas peças no Santos, Pedro Caixinha fez modificações na escalação em relação à vitória sobre o Mirassol e, entre as novidades, um jogador que a torcida gosta e deposita enorme expectativa, mas que o antecessor Fábio Carille esnobava: o jovem Miguelito.
O boliviano era uma das novidades em equipe sem Soteldo e com o estreante Leo Godoy na ala direita e Thaciano na frente. Na defesa, José Ivaldo também apareceu, em demonstração que Gil parece sem prestígio após abandonar a aposentadoria. O experiente jogador tende a ser um dos líderes em campo do comandante português, que não simpatiza com o ex-zagueiro corintiano.
Com bola rolando, após um minuto de silêncio em homenagem ao jornalista Léo Batista, o Santos começou ofensivo. E, dos pés do atrevido meia-atacante boliviano surgiu a primeira chance perigosa do Santos. O goleiro da Ponte estragou a festa do menino, espalmando. Brazão também iniciou cedo o trabalho com excelência do outro lado.
(Foto Santos Futebol Clube)