O Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), completou, neste domingo (16), cinco anos de existência, com o saldo de ter gerado uma economia de R$ 117 bilhões para os consumidores e empresas do Brasil. Somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados. O resultado é impulsionado por dois movimentos complementares: a queda consistente das TEDs e a migração crescente das transações de pessoas para empresas (P2B) para o Pix, cuja tarifa é significativamente menor do que à do débito. De acordo com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), o Pix tem cerca de R$ 0,60 em custos ao sistema financeiro.
Só em 2024, o mecanismo movimentou mais de R$ 26 trilhões, quantia equivalente a praticamente dois PIBs e meio do Brasil – para fins de conhecimento o PIB do Brasil, segundo levantamento do IBGE de 2024, é de R$ 11,7 trilhões. Em 2025, as movimentações já somam R$ 28 trilhões, em um balanço feito de janeiro até outubro. Em setembro, o sistema bateu recorde de quantidade de transações em 24 horas. Foram 290 milhões.
Dados do BC apontam que os adultos concentram mais de três quartos das transações, sendo mais comum entre a faixa de 20 a 49 anos, e o Sudeste é a região que mais usufruir do sistema de pagamento, seguido pelo Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste.
Evolução do Pix
Atualmente, mais de 178 milhões de brasileiros fazem uso do sistema – cerca de 75% da população -, e exitem mais de 900 milhões de chaves cadastradas. Ao longo da sua meia década de existência, o Pix passou por algumas modificações. O que começou com uma possibilidade de realizar transferências instantâneas, agora permite:
- Pix Automático;
- Pix agendado;
- Pix por aproximação;
- Pix cobrança;
- Pix Saque e Pix troco;
Essas são apenas algumas atualizações, pois também existem outras, inclusive estudos em andamento, como o Pix Parcelado, que tem sido estudado pelo Banco Central. Havia expectativa de que o mecanismo fosse publicado até outubro, porém, não se concretizou. A nova previsão é que seja publicada a regulamentação até o final de 2025.
“As pesquisas têm mostrado que mais da metade da população já usa o Pix parcelado. […] A gente está em uma fase preliminar do Pix parcelado e mais da metade da população já está usando ele”, disse o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
(Foto Agência Brasil)