BRASÍLIA – A operação de venda do Banco Master para o grupo Fictor em conjunto com investidores dos Emirados Árabes Unidos, divulgada na segunda-feira, 17, foi vista por investigadores da Polícia Federal como uma “cortina de fumaça” para justificar uma fuga do dono do banco, Daniel Vorcaro, para o exterior. Procurado, o advogado Roberto Podval não respondeu aos contatos da reportagem. A suspeita dos investigadores é de que Vorcaro soube com antecedência que seria preso e, por isso, organizou essa operação, com o objetivo de lhe permitir que embarcasse em um voo internacional. A ordem de prisão do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, foi assinada às 15h29 de segunda-feira. Na noite do mesmo dia, Vorcaro foi ao Aeroporto de Guarulhos embarcar em um voo em um avião particular com destino ao exterior.
PF acompanhava os passos de Vorcaro
Como a Polícia Federal já monitorava seus passos, os investigadores perceberam a tentativa de fuga e deram voz de prisão no aeroporto, quando ele passava pelo raio-x. A justificativa apresentada publicamente por sua defesa foi que Vorcaro estava viajando para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para fechar o negócio. De acordo com investigadores, porém, o plano de voo apresentado para o avião no qual Vorcaro embarcaria tinha outro destino: Malta, pequeno país no Mediterrâneo.
(Foto Banco Master/Divulgação / Estadão)