A Embaixada de Israel em Brasília se manifestou, neste domingo (5/1), sobre a determinação da Justiça Federal para a Polícia Federal (PF) investigar um soldado de Israel em férias no Brasil que teria cometido crimes de guerra na Faixa de Gaza, durante o enfrentamento israelense ao Hamas. O militar foi alertado pelo governo de seu país e deixou o Brasil.
A representação de Israel argumentou que o país “está exercendo seu direito à autodefesa após o massacre brutal cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023” e que “todas as operações militares em Gaza são conduzidas em total conformidade com o direito internacional”.
Para a embaixada, “os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas, que exploram populações civis como escudos humanos e utilizam hospitais e instalações internacionais como infraestrutura para atos de terrorismo direcionados a cidadãos israelenses”.
Em queixa apresentada à Justiça brasileira pela Fundação Hind Rajab (HRF), o soldado das Forças de Defesa de Israel (FDI) é acusado de participar da demolição de um quarteirão residencial na Faixa de Gaza com explosivos, fora de situação de combate, em novembro de 2024.
O local tinha abrigos para palestinos deslocados por causa da guerra. A Faixa de Gaza é o enclave do conflito entre Israel e Hamas e vive crise humanitária devido ao confronto.