Após os novos anúncios tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar comercial voltou a registrar queda, fechando a R$5,629 nesta quinta-feira (3), uma variação de 1,23%. Além do câmbio, o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, a B3, opera quase estável, com uma variação negativa de 0,04%, fechando o pregão a 131.140,65 pontos. Com as medidas protecionistas do líder americano, outros mercados globais também registram prejuízos.
Na quarta-feira (2), Trump anunciou um novo pacote de tarifas comerciais recíprocas sobre diversas nações, incluindo o Brasil. A medida entra em vigor no próximo sábado (5) e estipula uma linha de base de 10% nas taxas, que vai atingir países como Brasil, Costa Rica e Turquia. Entretanto, nações como China, Vietnã, Suíça e África do Sul foram penalizados com tarifas maiores, de até 46%.
A ampliação das tarifas e a onda de demissões nos EUA aumentam a preocupação do mercado com uma possível recessão. Especialistas entendem que, caso as políticas de Trump falhem, os EUA podem sofrer uma desaceleração do crescimento econômico e pressionar a inflação das demais nações, o que poderia causar um desequilíbrio na economia global.
Apesar da estabilidade do Ibovespa, mercados de países como Estados Unidos, China e integrantes da União Europeia fecharam em queda nesta quinta. Segundo a imprensa americana, a Dow Jones caiu 1.600 pontos, S&P 500 e Nasdaq também registraram perdas que chegam a 5% e 6%, respectivamente, o maior prejuízo desde 2020.
Desde o início do atual mandato, Trump tem aplicado tarifas sobre as importações de diferentes produtos, gerando tensão diplomática com os principais aliados do país e desencadeando uma guerra comercial, por exemplo, com Canadá e União Europeia.