A mulher, de 40 anos, identificada como Leandra Ferreira de Souza, presa por sequestrar a bebê Eloah, de um ano sete meses, em Curitiba, responde por ao menos quatro Boletins de Ocorrência (BOs) contra stalking. Todos foram abertos pelo ex-marido, de quem estava separada desde outubro de 2023.
O ex-marido, que reside em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, registrou BOs onde relata a perseguição dela ao ex. Ele acusa a ex de perseguir ele inclusive na academia onde costuma ir. No processo estão incluídas imagens dela buzinado em frente a casa do pai do ex-marido.
Em depoimento à Polícia Leandra se contradiz dizendo que estavam juntos apesar de separados.
Paraná tem lei contra stalking
A lei que tipifica o crime de perseguição, prática também conhecida como stalking, aumentou a proteção de vítimas de situações como comportamentos insistentes após fim de relacionamentos, de obsessão ou perturbação frequente pela internet. No Paraná, desde a sanção da lei, em abril de 2021, há um ano, foram registradas 4.570 ocorrências deste crime.
O crime de stalking se configura a partir de atitudes recorrentes do perseguidor no cerceamento da liberdade e privacidade da vítima.
A lei nº 14.132/2021 descreve o crime de perseguição e acrescenta o Art. 147-A ao Código Penal Brasileiro.
O sequestro
Eloá havia sido sequestrada no bairro Parolin. Segundo a Polícia Militar (PM), uma mulher teria se apresentado na casa da menina como uma agente da saúde, afirmando para a mãe da bebê que seria necessário realizar um exame de sangue devido a uma denúncia.
A mãe de Eloá, que tem 27 anos, foi então induzida pela suposta agente a ingerir um líquido que ela alegava fazer parte do procedimento do exame. No entanto, o líquido continha uma substância que dopou a mulher. A falsa agente então convenceu a mãe a entrar em um carro branco, sem placas, junto com a filha. O veículo utilizado foi um Fiat branco.